terça-feira, 16 de junho de 2009

Nada antepor a Cristo

Bento XVI, OR 2.058, 30/05/09, p.5).

P. Belmiro Rauber, scjPrograma beneditino

Nada antepor a Cristo.
A proposta de São Bento para dar equilíbrio à vida é o ritmo, que alterna a oração, o estudo e o trabalho. A vida tem valor para cada homem e mulher, antes de tudo, no espaço reservado à oração, caminho silencioso que conduz a Deus, e portanto, autêntico respiro da alma.O homem se humaniza justamente no ponto onde é tocado por Deus.
O trabalho: realidade difícil, reveste-se de preocupação e angústia para indivíduos e famílias, enlaçando-se com a questão da imigração.
A cultura: significa, sobretudo, educação das novas gerações e responsabilidade em relação a elas.
As prioridades da vida a paz, o dom da paz e o compromisso para a realizar; um lugar pacífico e de civilização.
A Cruz, o arado e o livro resumem a obra secular dos monges beneditinos.
Busca racional do bem comum.
São Bento mantém o aspecto sempre sereno, angélico; vivendo na terra, seu coração já estava no paraíso.
Deus o tinha dotado com a capacidade de reproduzir no mosteiro a própria vida do céu e restabelecer nele a harmonia da criação, mediante a contemplação e o trabalho.
Eminente mestre da vida monástica e doutor de sabedoria espiritual no amor à oração e ao trabalho; guia brilhante de povos à luz do Evangelho que elevado ao céu por um caminho luminoso ensina aos homens de todos os tempos a procurar Deus e as riquezas eternas por Ele preparadas.
Exemplo luminoso de santidade, indicou aos monges Cristo como único e grande ideal; foi mestre da civilização, propondo uma equilibrada e adequada visão das exigências divinas e das finalidades últimas do homem, teve sempre muito presentes também as necessidades e as razões do coração, para ensinar e suscitar uma fraternidade autêntica e constante, para que no conjunto dos relacionamentos sociais não se perdesse de vista uma unidade de espírito capaz de construir e alimentar sempre a paz.
Os três vínculos necessários para conservar a unidade de Espírito entre os homens: a cruz, que é a própria lei de Cristo; o livro, isto é, a cultura; e o arado, que indica o trabalho, o senhorio sobre a matéria e sobre o tempo. Graças à atividade dos mosteiros, desempenhada no tríplice compromisso quotidiano da oração, do estudo e do trabalho,povos inteiros conheceram um autêntico resgate e um benéfico desenvolvimento moral,espiritual e cultural, educando-se no sentido da continuidade com o passado, na ação concreta pelo bem comum, na abertura a Deus e à dimensão transcendente.
Procurar Deus como compromisso fundamental do homem.
O ser humano não se realiza plenamente a si mesmo, não pode deveras ser feliz sem Deus. Nesta profunda relação interior com Deus o homem realiza a santidade proposta a cada cristão. Este é o ponto de partida para a obra de Evangelização e de promoção humana. No Evangelho, abraçado por São Bento, está a inspiração para o renascimento espiritual e social. É o lugar para ancorar a vida e a história. Como é possível aplicar a proposta de São Bento à vida secular, sendo que não somos monges?
Certamente não podemos estar no mosteiro, mas podemos levar o mosteiro no coração. Não é de graça que somos inteligentes. ( Cf. homilia de B

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