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Em uma prisão brasileira, da cidade serrana de Santa Rita do Sapucaí,
no sul de Minas Gerais, os presos têm uma oportunidade única: pedalar
para sair da cadeia.
O juiz José Henrique Mallmann criou o programa Uma Luz para a
Liberdade, na qual alguns presos – no momento, 8 participam do projeto –
podem pedalar bicicletas estacionárias que geram eletricidade para uma
praça da cidade.
Muitas pessoas se envolveram com o programa. A polícia municipal doou
bicicletas do departamento de achados e perdidos, engenheiros as
transformaram em bicicletas estacionárias ligadas a baterias doadas por
empresas locais, e ainda outras empresas doaram o conversor que
transforma a energia da bateria nos 110 volts necessários para acender
10 postes na praça.
Os presos pedalam por 8 horas durante o dia, e à noite, um guarda
leva a bateria da prisão à praça. Na parte da manhã, a bateria é levada
de volta à prisão para ser recarregada.
A cada 16 horas que os prisioneiros pedalam a bicicleta, eles reduzem um dia de sua pena.
“Nós costumávamos passar o dia todo trancados em nossas celas, vendo o
sol apenas por duas horas por dia”, disse Ronaldo da Silva, um dos
presos do programa. “Agora ficamos no ar fresco, gerando eletricidade
para a cidade e, ao mesmo tempo, ganhando a nossa liberdade”.
Ele já conseguiu reduzir 20 dias de sua sentença e perdeu cerca de 4 quilos no processo.
“É uma situação boa para todos”, comentou Gilson Rafael Silva,
diretor da prisão. “As pessoas que normalmente estão à margem da
sociedade podem contribuir para a comunidade e não só eles saem da
prisão mais cedo em contrapartida, como também podem ganhar sua
autoestima de volta”.
Essa não é a primeira polêmica que uma prisão brasileira criou.
Nas quatro prisões federais do Brasil, alguns presos (selecionados por
juízes) podem ler livros para diminuir seu tempo na cadeia também. Esse projeto se chama “Remição pela Leitura” e deixa os presos reduzirem no máximo 48 dias de uma pena por ano.
O
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